Diário de Bordo do Grupo Arte Simples de Teatro. Sobre a pesquisa e linguagem do grupo, relatos e informações sobre a Residência Artística que realiza na comunidade de Heliópolis desde Março de 2009.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 28 DE JUNHO 2010 - CCCA IMPERADOR.

 MONTAGEM DO CENÁRIO AOS OLHOS DA PLATÉIA

 INTERAÇÃO ANTES DO INÍCIO DO ESPETÁCULO

TEXTO DE MAIRUN SEVÁ, ATOR DO ESPETÁCULO

"Quando chegamos ao CCCA Imperador as crianças já estavam sentadas e prontas para a apresentação, sendo assim viram toda a montagem do cenario e a preparação dos atores...
Nos trocamos no banheiro e ali enquanto vestia minha roupa senti que algo de novo e fresco estava para acontecer pois já ouvia as crianças fazendo um "poquet show" com o nosso musico Fabio; elas pediam e ele tocava a música pedida e então as crianças cantavam com ele. 
A peça começou e a atmosfera do lugar já havia sido transformada, as crianças estavam atentas e participativas, tudo corria como de costume: com muita energia e sintonia entre os atores e a platéia, até o momento do espetáculo em que cantamos e fazemos pequenas coreografias para agradar a princesa e então uma das crianças se levantou e adentrou o nosso linóleo quadriculado e começou a dançar junto com a personagem Gertrudes. Foi incrível, ele estava jogando com ela e com todos que assistiam a peça.

 A CRIANÇA ENTROU PARA DANÇAR JUNTO COM OS ATORES
A infanta reclamou que os dois dançaram muito melhor do que ela e ele foi se sentar; mas as fronteiras entre palco e platéia, atores e crianças estavam quebradas e no restante da peca todos participaram ativamente da historia, entrando mais de uma vez no palco e na história.
Cada vez mais me orgulho e sou surpreendido pelo trabalho que fazemos com essas crianças, sinto o quanto a fantasia é importante para quebrar a dura realidade e permitir o sonho acontecer" 


quarta-feira, 23 de junho de 2010

Apresentação dia 21 de junho 2010 - CCCA PAM

Nos apresentamos mais uma vez no CCCA PAM, ao ar livre. Tivemos uma platéia bem grande, composta por muitas crianças que já haviam assistido ao espetáculo em suas escolas ou na quadra comunitária. Explico: o CCCA é um centro para crianças e adolescentes de Heliópolis para crianças pertencentes à comunidade e que estudam em diferentes escolas; lá passam o período que não estão estudando fazendo diversas atividades. 
Então ouvimos várias vezes que já tinham visto a peça em suas escolas, ou nas apresentações que fizemos abertas à comunidade.

Esse fator é ao mesmo tempo frustante e estimulante. Frustante pelo fato óbvio de que não haverá novidade para a platéia que nos assiste pela segunda vez e estimulante pelo fato de que mesmo já tendo assistido, vemos que eles se envolvem novamente, talvez de uma forma diferente, porém igualmente em energia e compenetração.

Porém, nem tudo são flores e no dia de hoje houveram alguns imprevistos... De antemão deixo claro que essa é a minha opinião e TALVEZ de mais algumas pessoas do elenco, e não de todas as pessoas. Somos um grupo grande, e cada um de nós possui diversos tipos de interação em momentos diferenciados do espetáculo. Então a impressão de um ator pode não ser igual a de outro, pois depende de muitos outros fatores pessoais. Hoje escrevo em meu nome e não no nome do todo. Faço isso para dar um outro panorama do que acontece por lá, para que esse blog não vire somente um relato de dias maravilhosos (o que não é mentira: 90% das vezes é maravilhoso!!!)

Sempre lidamos com todos os tipos de platéia, todos os tipos de reações, todos os tipos de envolvimento e interação. No começo era bem dificil fazer o espetáculo no meio do que hoje chamamos de "caos organizado". Aos poucos fomos entendendo que nossa peça trazia essa energia na platéia e que também muitas pessoas nunca haviam assistido a uma peça de teatro até então e não sabem/sabiam como assistir, além do fato principal de que pregamos a liberdade de expressão e o estímulo de pensamentos e ações da platéia. Isso virou o nosso combustível. O que antes era um dificultador, virou um facilitador e um estimulador para nós. Quanto mais barulho, mais energia e interação. Isso foi um processo de entendimento e de aprendizagem para nós.

Mas é claro que em certos momentos, onde a peça vai até eles e não eles até à peça, pode acontecer algum caso de termos pessoas desinteressadas. Afinal, ela não "escolheu" estar lá assistindo.

Isso pode ser uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que levamos o teatro aonde o público está, tiramos dele a escolha de IR ao teatro. E isso pode significar que alguém não queira assistir ao espetáculo naquele momento que estamos proporcionando-o.

E foi isso que aconteceu no dia de hoje. 4 crianças, alheias à peça, jogavam figurinhas e gritavam, entretidas em outra coisa que não era o espetáculo. Outras crianças brigavam com o grupo, pedindo silêncio, querendo assistir. Imaginem o caos. Já passamos por isso diversas vezes e posso afirmar com toda certeza que não temos o ego de achar que todos devem prestar atenção na gente. Porém essa galera estava na PRIMEIRA fila, no gargarejo, na nossa frente! E isso acabou desconcentrando e desconcertando em alguns momentos...

Pq escrevo tudo isso? para dizer que nem tudo são flores, que estamos em Heliópolis há um ano e meio e que no meio de muitas apresentações boas, com total envolvimento da platéia, há dias em que simplesmente algumas pessoas não querem assistir à uma peça de teatro! E que elas têm todo o direito de não querer!!!!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Apresentação dia 14 de junho 2010 - EMEI Cidade do Sol


 E mais uma vez apresentamos nossa peça na EMEI Cidade do Sol. Já chegamos com uma bela recepção dos professores, dos que já haviam assistido ao espetáculo ou então dos que haviam ouvido falar da repercussão da peça entre as crianças...

É muito bom esse clima "caseiro" que se instala quando fazemos mais de uma apresentação no local. Assim criamos uma intimidade com o espaço, com os funcionários, com o clima que a escola possui.


 Essa relação que se dá, antes e depois do espetáculo, não com a platéia, mas sim com a equipe da escola, é muito importante e faz parte do nosso dia a dia em Heliópolis. Criar e estreitar laços foi a forma que encontramos para adentrar com tranquilidade e respeito nos locais  de apresentação. Faz parte da nossa rotina tomar o café que nos é oferecido, compartilhar impressões, saber sobre a história da escola e dos alunos... O teatro abre espaço para as relações humanas, o teatro fala sobre as relações humanas. Sem elas não estaríamos em Heliópolis, não teríamos chegado aonde chegamos.


Tivemos uma linda surpresa ao final, quando uma professora entrou no nosso "camarim" para mostar o desenho que uma criança fez depois de assistir ao espetáculo. Os personagens ficam no imaginário das crianças e para nós isso é muito gratificante.

E para completar o relato, metade do elenco estava debilitado, com algum tipo de dor, gripe, etc, etc... Mas mesmo assim a peça teve um ótimo nível de energia, pois é impossível ficar doente diante de uma platéia tão interativa como é a de Heliópolis. A energia vem dela e volta pra ela, constantemente. A melhor cura para todos as doenças!




domingo, 13 de junho de 2010

APRESENTAÇÃO PARA O PROART - BIBLIOTECA CEU PARQUE BRISTOL - DIA 10/06/2010


 Pela segunda vez fizemos uma apresentação do nosso espetáculo A FESTA fora de Heliópolis. dessa vez nos apresentamos pelo edital PROART, um sistema para cadastramento de eventos artísticos, com apresentações no âmbito da Secretaria Municipalde cultura. Nossa apresentação aconteceu na biblioteca do CEU Parque Bristol. Já conhecemos o coordenador desse CEU e estariamos "em casa".


É muito diferente para nós apresentar o espetáculo num local que não seja Heliópolis, e num dia em que a peça não esteja fazendo parte do nosso projeto "TEATRO EM HELIÓPOLIS". Temos as vezes dificuldade de desvincular o espetáculo à Heliópolis, afinal, foi lá onde essa peça estreou e é lá que nos apresentamos há um ano e meio. Porém é muito compensador para nós vermos o fruto desse trabalho em outros locais, em outros editais, pois assim podemos comprovar que a qualidade artística do espetáculo é relevante, e não somente no projeto artístico-social o qual estamos inseridos.


A apresentação foi muito gostosa e divertida. Tivemos como cenário prateleiras cheias de livros coloridos e como platéia crianças de 4 a 6 anos pertencentes ao CEU Parque Bristol. Pudemos inovar na encenação, na maneira de receber a platéia, pois estávamos num local inusitado que nos deu oportunidades diversas de interação e utilização do espaço.


Temos ainda mais duas apresentações pelo PROART e estamos ansiosos.


sexta-feira, 11 de junho de 2010

FESTIVAL DA PAZ - 07 DE JUNHO DE 2010 E CAMINHADA DA PAZ - 10 DE JUNHO DE 2010


 Nesse mês de junho aconteceu um dos eventos mais importantes de Heliópolis, a CAMINHADA DA PAZ  e junto com ela, o FESTIVAL DA PAZ.

A comunidade inteira se reune para lutar pela paz, num protesto contra a violência em Heliópolis  que já dura mais de 14 anos.

O Grupo Arte Simples participou dos dois eventos, como no ano passado. No festival apresentamos uma breve peça com os alunos da oficina de teatro de terça feira, ministrada por Tatiana Rehder e Andréa Serrano, com alunos da escola Campos Salles. 


Já na caminhada hasteamos nossa bandeira e andamos por Heliópolis com nossos parceiros, alunos e platéia.



Importantíssimo fazer parte desse grande evento pela paz na comunidade. Sentimos que fazemos parte de lá e é também o nosso desejo em manter Heliópolis como bairro educador.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Apresentações do dia 07 de junho de 2010 - EMEI CIDADE DO SOL


 Hoje fizemos duas apresentações seguidas do nosso espetáculo, na versão A FESTINHA, para crianças de 4 a 6 anos.

Apresentar a peça para os pequenos é ter a certeza de muita interação e muito carinho durante e após a peça... Os abraços apertados são combustível para a semana toda!
Mas principalmente, é ter a certeza de que a platéia acreditará e embarcará na viagem da nossa história.

É engraçado que ouvimos todos os tipos de reações após a peça: alguns acreditam que somos mesmo os personagens, já outros sabem que somos atores interpretando um papel. Mas isso não diferencia a platéia que se envolve e acredita na história.

Para cada idade recebemos uma reação, uma troca diferente, durante e após o espetáculo. Não saberia dizer ao certo se individualmente os artistas do grupo possuem alguma preferência em relação à faixa etária. Posso dizer que são platéias diferentes e com atitudes diferentes, mas todas maravilhosas de se relacionar. Algumas mais difíceis, outras mais fáceis. Mas o que é fácil em uma platéia pode ser complicado em outra e assim vamos nos adaptando, sempre.


A real é que, indiferente da idade, a platéia de HELIÓPOLIS é maravilhosa. Quanta troca, aprendizagem e por que não dizer, quanto prestígio conseguimos com essa comunidade que nos acolheu de forma tão aberta...


Nosso projeto artístico está tão associado e mesclado à comunidade que não podemos conceber uma idéia artística sem pensar na platéia para a qual faremos. Heliópolis nos inspira e ajuda a definir e construir  alguns caminhos do grupo, no que diz respeito à criação de novas cenas e de um novo espetáculo que está por vir...


quarta-feira, 2 de junho de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 31 DE MAIO 2010 - CCCA PAM



A Luz do Sol como iluminação do espetáculo, o vento balançando os figurinos, as casas de Heliópolis e seus moradores como cenário... Esses foram alguns dos elementos da apresentação que fizemos no CCCA PAM, ao ar livre.

Logo após a montagem do cenário, percebemos que a ventania não deixaria que ele ficasse de pé; uma benção, podemos dizer, pois não haveria cenário melhor do que as casas de heliópolis e seus moradores ao fundo. (Algumas crianças subiram no muro de suas casas e assistiram dali mesmo, outro morador alternava: lavava suas roupas no tanque enquanto assistia ao espetaculo. Essas coisas não têm preço para nós!!!!)

O céu, no início carregado de nuvens pretas, abriu-se durante o espetáculo, num azul forte. Dionísio, São Pedro, alguém ouviu nossos desejos de bom tempo para a peça acontecer.

A platéia, com muitos assistindo a peça pela segunda vez, tinha uma vingança: Dessa vez não se deixariam enganar pela Rainha Má e nem se encantariam pela doçura falsa da princesa. Ouvimos diversas vezes que eles sabiam quem éramos e que não éramos flores que se cheirassem e que iam dar o troco. Mesmo já tendo assistido, algumas pessoas da platéia encontraram maneira de participar ativamente do espetáculo, dessa vez em forma de protestos. Isso também não tem preço para nós!!!!!!! A história marcou, os personagens também e eles não se importaram de ver novamente. Além disso, os que nunca assistiram ao espetáculo participaram ativamente, com olhos e reações de novidade.


Todos esses elementos são energizantes, revigorantes e ficarão eternizados na nossa história.



quinta-feira, 27 de maio de 2010

APRESENTAÇÃO DO DIA 24 DE MAIO - EMEI ANTONIO FRANCISCO LISBOA

E hoje voltamos à EMEI ANTONIO FRANCISCO LISBOA, onde fomos tão bem recebidos na semana passada.

Há alguns dias atrás escrevemos aqui no blog uma reflexão sobre os professores, coordenadores e diretores das escolas em que nos apresentamos.
Durante o dia de hoje pudemos confirmar o que uma boa administração, carinho, cuidado e dedicação podem fazer por uma escola.

A escola, impecável, em vários fatores: Limpa, organizada, com uma linda sala de brincar, toda equipada, um cardápio variado para a alimentação das crianças, professores cuidadosos e carinhosos... E uma coordenação super atenciosa e dedicada conosco.

Os professores participaram ativamente dos espetáculos, cuidando das crianças, deixando-as livres para interagir, acompanhando a história...


E após o espetáculo, muito carinho com o grupo por parte da coordenação da escola, nos sentimos em casa e super bem recebidos.
Para nós é uma alegria imensa, sentirmos que somos valorizados, que nosso trabalho pode fazer alguma diferença no dia da escola, dos alunos e dos professores, coordenadores e direção.

Saímos de lá com a sensação de que éramos importantes, que o teatro é importante. Essa é a melhor sensação que há! 

E um outro fator super estimulante foi a interação com o espaço de uma escola infantil, tudo estava combinando: o colorido da escola com o colorido de nossos figurinos e cenário... A nossa pesquisa baseia-se, entre outras coisas, em sempre interagir com os espaços das apresentações, tornando qualquer lugar propício para um espetáculo de teatro, além de nos utilizarmos de todos os elementos do local para compor nossa história... Quantas cores!


quinta-feira, 20 de maio de 2010

APRESENTAÇÃO DO DIA 17 DE MAIO - EMEI ANTONIO FRANCISCO LISBOA

Quanta saudade estávamos de nossa platéia pequenina. Pequenina não de quantidade, pois tivemos quase cem crianças nos assistindo hoje. Mas sim pequeninos de idade, pois tinham de 4 a 5 anos.


Idade onde a imaginação voa, os coloridos dos figurinos lhe enchem os olhos, a atração pela Princesa cor de rosa é hipnotizante.

Depois de tanto tempo sem nos apresentarmos para essa idade, o grande desafio: Manter o nível de energia da peça, fazê-los entender a história, interagir ludicamente, diminuir o tempo dilatado de algumas cenas...

Esse frio na barriga do inesperado (será que irão gostar, acompanhar até o final, entender, se assustar, interagir???) é um combustível delicioso.

Um fato curioso que mostra que tivemos um dia delicioso e intenso nessa escola é a de alguém (misteriosamente não detectamos qual pequenino) com muita vontade de fazer xixi, mas que para não perder a história fez na calça mesmo, molhando os tapetes de EVA que serviram de lugares de platéia!!!


No final... Muitos abraços apertados dos pequenos, um carinho que para ser devidamente aproveitado e recíproco, demandou muitos agachamentos dos atores para ficarmos no mesmo nível de altura... (risos)

A maior beleza dessa idade é a facilidade de entrar/viver no mundo do sonho, da fantasia, do imaginativo. Acreditam como ninguém naquilo que está diante de seus olhos: Era um vez, um lugar, uma cidade, um país, um Reino...


sábado, 15 de maio de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 10 DE MAIO - ANEXO DA EMEF LUIZ GONZAGA



Reflexões.... (Por Tatiana Rehder, diretora)

"Hoje o assunto da minha reflexão é a escola, em especial as escolas municipais, onde nosso grupo excursiona com a peça semanalmente.
 
Desde que começamos o projeto de residência artística em Heliópolis, a grande maioria nosso público vem das EMEFS, EMEIS, CEUS e não raras vezes as CEIS.
Para quem não conhece, EMEFS são escolas de ensino fundamental, EMEIS são pré-escolas, CEUS são centros unificados e CEIS são as creches para crianças de até 04 anos.
 
Já comentei sobre esse assunto com várias pessoas e aqui no blog acho que a primeira vez: Reflito sobre o funcionamento das escolas municipais de São Paulo que temos visitado, e posso dizer que há qualidade em relação à estrutura, ao material e ao funcionamento; incluo também a parte de alimentação, pois tive a oportunidade de almoçar muitas vezes nas escolas.

Mas o grande diferencial destas escolas está nas mãos (condução) do diretor e em seguida nas mãos de cada professor.
É impressionante como a postura de um diretor e de um professor podem mudar o perfil de aprendizagem de cada aluno; não digo em relação a parte técnica de cada professor ou diretor, já que não temos contato direto com essa parte, mas sim em relação à parte humana.

Sempre somos muito bem recebidos pelas escolas, desde o dia em que vou agendar a peça como no dia da apresentação, porém é durante as apresentações que podemos ver o professor HUMANO, aquele que está  ao lado dos seus alunos
compartilhando o momento de assistir à uma peça de teatro. É emocionante ver quando professor e aluno “jogam” juntos o jogo da aprendizagem.
Isso pra nós é muito claro. quando vemos o professor que senta junto com seus alunos para assistir e os que se sentam separados e só lembram dos alunos quando é para dar alguma bronca ou chamar atenção e pedir silêncio e ordem.

A nossa peça foi feita para a criança interagir, dar sua opinião durante o espetáculo, e se quiser, mudar o rumo da história. A grande atração da peça é a platéia e não os atores. Pensamos numa estrutura em que aconteça uma cena em cada lugar da platéia, pensamos na rapidez das informações que a criança recebe hoje em dia através da internet, pensamos muito em como a linguagem teatral pode ter esse mesmo ritmo alucinado. Colocamos isso em prática e o resultado é o mais gostoso de se ver. Muitas vezes adultos que assistem a peça em Heliópolis comentam que o melhor da peça é ver a reação da platéia.


Por essas razões, aqui segue um alerta: Professores, abram os olhos! Joguem o jogo da aprendizagem junto com seus alunos!
É muito emocionante quando presencio esse jogo aluno-professor! É único! É uma experiência para a vida toda!"



segunda-feira, 10 de maio de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 03 DE MAIO - EMEF LUIZ GONZAGA



Depois de um mês nesse espaço, nos despedimos. Um espaço grande, refeitório, com um palco. Espaço que possibilitou diversas movimentações e interações diferenciadas. Podemos dizer que esse tempo de um mês na mesma escola nos proporcionou até uma "rotina" na preparação, pois já sabíamos onde ficaria o cenário, por onde nos movimentaríamos, aonde seria o nosso "camarim". Isso não deixa de ser atípico em nossa trajetória em Heliópolis, pois a surpresa, o acaso e a resolução imediata de encenação são algumas características do nosso trabalho por aqui.

Bom, hoje teríamos pela primeira vez uma verdadeira BANDA em cena: dois músicos, Fábio e Eugenia, e seus múltiplos instrumentos, convencionais e não-convencionais. Imaginem a força de dois violões, dois cajons (intrumento de percussão) duas vozes, inúmeros aparatos de percussão. Imaginem a barulheira boa, a energia altíssima em que a platéia foi recebida.

Os alunos já estavam em polvorosa e a banda, com sua música alta e vibrante, só fez aumentar. O resultado disso foi uma peça vigorosa, cheia de energia, uma platéia atenta e ao mesmo tempo dispersa, porém sempre com os olhos na peça. Platéia que reagiu a todos os momentos da peça, seja opinando, gritando, cantando, batendo palmas, vaiando, se levantando... Pareciam que iam explodir de tanta energia! Muita interação, muita interação, muita interação...
Para os atores é como se o dobro de energia tivesse que ser utilizado, seja para nos equiparar em termos de energia com a platéia, seja para sermos ouvidos, aumentar o volume vocal... É um turbilhão, um misto de alegria por estarmos "tocando" tanto a platéia, com uma pitada de desespero, um sensação de "socorro, minha voz não vai chegar!" 
Ao final, uma alegria imensa e um cansaço sem igual... (alguém viu a placa do caminhão que nos atropelou???)

Hoje, sensação de dever mais que cumprido. Platéia boa é platéia bombando! e bota bomba nisso!!!



sábado, 1 de maio de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 26 DE ABRIL - EMEF LUIZ GONZAGA

Segunda-feira, dia 26 de Abril e a primeira notícia que recebemos quando chegamos à escola  é de que a peça só começaria as 14h30 devido à reunião dos professores. Normalmente as apresentações se iniciam as 13h30.

Com isso tivemos bastante tempo para arrumar o espaço, montar o cenário, nos preparar. Este tempo trouxe uma concentração muito grande para todos, gerando calma e muita atenção na hora da peça. O jogo rolou super bem entre todos os atores e o ritmo das cenas estava em cima. Era gostoso de ver como todos estavam se divertindo muito com seus personagens e isso reflete na atenção que a platéia mantinha durante toda a peça. Eles estavam atentos às cenas, à história, totalmente envolvidos com tudo que acontecia ali, naquele refeitório - que se transforma em reino.

Os atores estão livres em cena, é tão bonito de ver, é incansável ver o espetáculo A FESTA. Cada apresentação se descobre mais do texto, dos atores, da platéia. É um conjunto envolvente que só faz ter a cada dia mais e mais vontade de voltar e continuar.

Neste dia haviam vários professores assistindo a peça. Como eles se divertiram, se envolveram! Assim como todas as crianças ali presentes. A interatividade levada pelo grupo fascina e faz com que cada um ali seja parte, seja personagem daquele reino.

As crianças vibraram junto com o Cirilo, com a história dele, emanaram toda a sua energia pra cena! Foi maravilhoso!

É uma honra e um prazer levar a peça pra esta platéia, para Heliópolis.

Evoé, jovens a vista!
 
TEXTO DE EUGENIA CECCHINI , MUSICISTA DA PEÇA.

sábado, 24 de abril de 2010

depoimento de uma atriz sem voz - apresentação de 19/04/2010

 
"Acordei preocupada... como resolveríamos esse pequeno detalhe: estou muda! E pensei: dou vida à personagem Infanta, não posso perder a voz! Mas em seguida percebo minha incapacidade e num olhar franco com a diretora, assumo: não vai dar... 


A INFANTA ORIGINAL, EMOCIONADA, 
NA PLATÉIA, TOTALMENTE SEM VOZ

 A INFANTA DO DIA, 
SALVADORA DA PÁTRIA!
Imediatamente a diretora conversa com outra atriz, que com os olhos molhados pelo “tamanho do abacaxi”, topa o desafio. Bom, decisão tomada, todos respiram fundo e acreditam! Eu ficaria na filmagem da platéia e principalmente, filmagem da Infanta do dia. Arrumamos as cadeiras, os atores se preparam e percebo que não estão nervosos, pelo contrário, jogam a energia lá prá cima e se concentram, ajudam a atriz nas marcações e deixas, todos assumem os riscos e compram a idéia... Fazemos uma roda, é nosso primeiro dia em Heliópolis pós aprovação do edital do Fomento, gritamos o MERDA com tanta garra e coragem que me emociono... 
Lá vem as crianças e Dionísio abençoa! A platéia reage: hora conversa com os personagens, hora faz um silêncio quase inacreditável... a peça segue magicamente, cada ator dá e recebe com uma honestidade de arrepiar. Estou no meio da platéia e posso ouvir os comentários baixinhos, no final um menino suspira e diz: que covardia! Quase levanto de tanta vontade de responder, compartilhar com ele que “essa princesa é mesmo do avesso” (ainda bem que estou sem voz!) e me lembro sorrindo das palavras da diretora: quanto mais eles reagirem, melhor!!! 
A peça termina, vêm os aplausos e nossa diretora faz questão de agradecer e informar (pela primeira vez!) que esse espetáculo é realizado através da lei do Fomento ao Teatro!
Depois de mais essa experiência me fica a sensação de que esse Grupo é feito de algo muito especial: amor. São pessoas que se amam, se respeitam e tem em comum o amor maior: o amor pelo Teatro! E o desejo de fazer do teatro uma arte possível à todos!!! Ouço dentro de mim: É aqui que eu quero estar, é Arte Simples nesse lugar!!! Muito obrigada por hoje Grupo e Comunidade.
Um abraço apertado e mudo!"
Camila Arelaro - atriz

domingo, 18 de abril de 2010

A MELHOR NOTÍCIA DO ANO!

É com muita alegria que anunciamos que o Grupo Arte Simples, com seu projeto TEATRO EM HELIÓPOLIS, foi contemplado com o "Programa Municipal de Fomento ao Teatro", principal mecanismo de financiamento de teatro de grupo em São Paulo desde 2002.

Esse programa possibilitará melhorias no projeto já existente e sua expansão de maneira qualitativa: 

- abertura de duas novas oficinas de teatro (totalizando 9 oficinas e 180 crianças e jovens atendidos)

- materiais para essas oficinas (incluindo material didático para a oficina de capacitação em oficineiro de teatro)

- duas temporadas do espetáculo aos finais de semana, para que a comunidade em geral tenha uma opção gratuita de cultura em seu horário de lazer.

- 2º Festival de teatro jovem de Heliópolis, com cenários e figurinos para todos os espetáculos oriundos das oficinas de teatro.
-  lançamento de livro contendo relatos de todo o projeto, buscando documentar as ações tomadas e incentivar iniciativas semelhantes.


E continuamos a levar o espetáculo "A FESTA" para todas as instituições estudantis de Heliópolis, incluindo creches, ensino infantil, fundamental e médio, no período vespertino.

Estamos realizados!!!!

sábado, 17 de abril de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 12 DE ABRIL - EMEF LUIZ GONZAGA



Chegamos na mesma escola da semana passada, onde estaremos durante todo o mês e meados de maio, para mais uma apresentação.
Claro que chegamos na expectativa: será que a platéia vai "bombar" como na semana passada?
Nenhum espetáculo é como o outro, afinal, toda peça é um organismo vivo que depende de muitos fatores para acontecer ou não...

Nossa platéia dessa semana foi formada por alunos da quarta série. No momento em que a peça começou, ainda havia muito barulho e dispersão. Aos poucos, a platéia foi sendo cativada pela história. Durante o espetáculo, participaram bastante, tomaram posições em relação aos personagens, fizeram coro... Porém...

É incrível como esse espetáculo deve sempre ser feito de maneira que não haja intervalo para a platéia "respirar". Explico melhor: aqui não cabem pausas, devaneios, energia baixa... Bastou um segundo de qualquer uma dessas coisas para a platéia escapar de nossas mãos. E foi isso que aconteceu. No final, já havíamos perdido metade da platéia para a dispersão...
É um espetáculo enérgico, barulhento, com multiplos focos e atenções, interação... Se por um acaso os atores não estiverem com toda a sua energia em potência máxima, se esperarmos o ruído (maravilhoso) da interatividade acabar para dar nossos textos... estamos perdidos. Perdemos a atenção do público.

E sem a atenção do público de que serve o teatro?????



Todos os dias temos uma luta, a luta de manter o alto nível energético do espetáculo. Mas como disse no começo, é um organismo vivo, que depende de muitos fatores, fatores HUMANOS. E estar nessa luta é delicioso. Não há nada melhor que cativar aos poucos e de repente, sermos tomados pelo nosso personagem principal, pelo seu ruído...

Semana que vem tem mais!


terça-feira, 13 de abril de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 5 DE ABRIL - EMEF LUIZ GONZAGA


Quanta saudade estávamos de uma apresentação como essa... LOTADA de interação, gritos, opiniões... podemos dizer que foi CATÁRTICO. Decibéis elevados à última potência. Energia intensa!!
Houveram momentos em que mal conseguíamos falar o texto, tamanha a participação da platéia.
Para nós não há melhor espetáculo: em que o público vira o personagem principal.
Sensação de objetivo cumprido! Interatividade até o último momento.

No final da peça, uma reação inusitada:  Não é surpresa para nós o carinho da platéia depois do espetáculo, porém nesse dia... quase invadiram o "camarim"! Queriam falar com todos os atores!!

Fica até meio ridículo contar essa parte... Porém sem medo contei, pois não é para dizer "olha só como somos amados, olha só o trabalho que fazemos", e sim para dizer que eles foram tomados e tocados pela história. Inteligentemente reagiram e opinaram. O carinho que recebemos depois é um reflexo da história da peça que fica na platéia. E é o que nos move!!! Queremos tocar ARTÍSTICAMENTE a platéia de Heliópolis, não queremos levar caridade, não fazemos caridade, não somos apenas um projeto social, somos um PROJETO ARTÍSTICO com base social, que possui o foco de ir aonde o público está e escolhemos o público de Heliópolis.
Temos sim em nossa pesquisa uma contrapartida social, acreditamos que a arte está a serviço da educação, da conscientização! Mas não queremos com isso fazer nenhum tipo de caridade, pois estarmos em Heliópolis é uma forma de TROCA. Não somente DAMOS, mas RECEBEMOS demais, APRENDEMOS demais. Heliópolis nos dá oportunidade de experimentarmos linguagens artísticas, de crescermos como artistas, de sempre termos platéia (o quesito principal do teatro), além de poder nos inscrever em diversos editais com alguma chance de ganhar, por se tratar de um projeto em que também a arte está a serviço da população e não somente a serviço dos próprios artistas.

Por isso que é sempre muito difícil escrever nesse blog, pois o medo de parecer que estamos nos "gabando" do que fazemos é intenso. Fazemos nosso trabalho como qualquer outro grupo de teatro. Simples assim. Queremos crescer artísticamente, queremos visibilidade no meio teatral, queremos ganhar dinheiro fazendo teatro, como qualquer outro grupo ou companhia artística. Não somos melhores ou piores do que ninguém, simplesmente essa foi a linguagem que encontramos para existir e para nos mover como um coletivo.


quinta-feira, 25 de março de 2010

1ª APRESENTAÇÃO DO ESPETÁCULO EM 2010 - CCCA SACOMÃ




E voltamos com as apresentações! Já não aguentávamos mais essa "pausa" em nosso espetáculo, ocasionada pelas férias escolares, carnaval, agendamento das demais apresentações, ensaios...

Fizemos nossa reestréia no CCCA Sacomã, onde já havíamos nos apresentado no ano passado, quando esse Centro havia acabado de inaugurar. Foi ótimo voltar, temos uma relação muito boa com Ricardo, o coordenador. Como sempre fomos recebidos com muito carinho: nos emprestaram a sala principal para servir de camarim e um lanche foi servido para o elenco.

A minha impressão é a de que estávamos ávidos por voltar a apresentar o espetáculo, animados e nervosos; sabíamos que não seria fácil por termos duas substituições, de uma atriz e do músico, além de um novo final. Além disso, a pausa entre a ultima apresentação e essa primeira que fizemos "esfriou" a peça e os atores. Realmente, o espetáculo foi arrastado, longo e um pouco confuso... Porém a interação com a platéia foi ótima, tivemos a atenção dela o tempo todo. Aos poucos pegamos o ritmo novamente... 

Um momento especial foi quando os atores se aqueciam e um grupo de alunos do CCCA apareceu para nos chamar para montar o cenário. Animados, queriam que a peça começasse logo. 
Outro momento emocionante foi quando, ao final do espetáculo, uma menininha chorou e disse que sentiria saudades de nós e da peça.
E é por isso que o fato da peça não ter tido a qualidade que deveria não minimiza em nada os efeitos dos encontros da platéia com o grupo. É óbvio que nossa meta é sempre a qualidade artística, afinal, acima de tudo somos atrizes, atores, diretora e música. Mas acima de tudo, outros fatores interferem na dinâmica de nossa residência em Heliópolis. Essa relação é o que nos move, sempre.
Um dia após o outro, vamos aprendendo e errando, nos relacionando com esse organismo vivo e pulsante que é a nossa querida platéia.
 
COM A PALAVRA, TATI REHDER, DIRETORA:

"Na verdade foi uma reestréia com gosto de estréia, por causa das substituições. Quando chegamos os alunos estavam almoçando e aos poucos fomos transformando o refeitório em teatro, os atores se transformando em personagens e os alunos do CCCA se transformando em platéia.
Toda essa re-significação do espaço é muito viva em nossa pesquisa e a cada dia se intensifica mais. Para mim, como diretora, sempre tenho a sensação de que faltou passar alguma informação para os atores, quanto à posição de algumas cenas, já que o espaço sempre muda. No final,  sempre constato que faltou informação mesmo! E assim vou aprendendo a cada dia.
A apresentação em si não foi muito boa, a peça demorou a passar, faltou ritmo. Mas mesmo assim as crianças gostaram muito. Agora a pesquisa vai se aprofundar cada vez mais no "jogo em cena", fator que não existiu na apresentação passada. Todos estavam com muito medo de errar e a peça ficou sem frescor"

PERCEBEM QUE A VISÃO DE DENTRO E DE FORA, DE QUEM FAZ E DE QUEM ASSISTE E DIRIGE, É QUASE A MESMA? Quando a peça não está em toda a sua potência, sentimos como se houvesse um ruído, uma vibração estranha... Pois é, o jogo nunca está ganho!

semana que vem tem mais!




quarta-feira, 10 de março de 2010

AGENDA ATUALIZADA DO GRUPO ARTE SIMPLES

Olá!
Começamos nosso trabalho em Heliópolis esse ano, com as oficinas de teatro.
As oficinas, agora ampliadas, com capacidade para 180 crianças, contam, além dos arte educadores do grupo, com uma equipe de estagiários de faculdades de Artes Cênicas. Também contamos com a parceria da Arte Educadora Juliana Offenbecker, tudo para podermos ampliar o nosso projeto de maneira qualitativa. Ainda pretendemos aumentar a equipe com mais estagiários de Artes Cênicas.


Segue abaixo como ficou o panorama das oficinas:
 
*CCCA PAM - Segundas-feiras/periodo matutino
- Arte Educadora - Juliana Offenbecker
- Estágiaria - Carú Lima (USP- ECA- Artes Cênicas)
*CAPACITAÇÃO EM OFICINAS DE TEATRO - Segundas-feiras/periodo vespertino
Arte Educadoras- Marília Miyazawa e Tatjana Eivazian
*CCCA LAGOA - Terças-feiras/periodo vespertino
Arte Educadora - Isadora Petrin
*CCCA 120 - Terças-feiras/periodo vespertino
Arte Educadora - Verônica Gentilin
*EMEF CAMPOS SALLES - Terças-feiras/periodo vespertino
Arte Educadoras - Andréa Serrano e Tatiana Rehder
*CCCA RUA DA MINA - Quartas-feiras/periodo vespertino
Arte Educadoras - Camila Arelaro e Eugênia Cecchini
*CCCA PARCEIRO - Quartas-feiras/período vespertino
Arte Educadora: Marcela Velasques
Estagiário: Thiago Neves (Faculdade Célia Helena - Artes Cênicas)
*CCCA IMPERADOR - Quartas-feiras/período vespertino
Arte Educador: Mairun Sevá
Estágiario: André Anhaia (Faculdade Célia Helena - Artes Cênicas)

APRESENTAÇÕES DO ESPETÁCULO:
A partir do dia 22 de março, todas as segundas-feiras do ano de 2010, no período vespertino, faremos as apresentações do espetáculo "A FESTA" em escolas de ensino infantil, fundamental e médio, creches e abertas ao público da comunidade.
Segue a agenda inicial de apresentações:
  
*Dia 22/03 - CCCA SACOMÃ
*Dia 05/04 - EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento- 3ª série A e B
*Dia 12/04 - EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento - 3ª série C e D
*Dia 19/04 - EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento - 4ª série A e B
*Dia 26/04 - EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento - 4ª série C e D
*Dia 03/05 - EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento - 5ª séries
*Dia 10/06 - EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento - 1ª e 2ª séries


Também fazemos parte do PROART - apresentações no âmbito da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura, onde nos apresentaremos em alguns CEUS de São Paulo:
*Dia 25/05 - CEU São Carlos - crianças de 04 a 06 anos
*Dia 11/06 - CEU Parque Bristol  - crianças de 04 a 06 anos
*Dia 18/08 - CEU Meninos  - crianças de 04 a 06 anos


E finalmente, temos agendada uma temporada de dois meses do espetáculo no teatro Paulo Eiró, no bairro de Santo Amaro, como parte do edital de ocupação dos teatros da Prefeitura de São Paulo. 
Temporada no Teatro Paulo Eiró -  dia 17/07 a 28/08
Sábados às 16:00 e domingos às 16:00

Agenda cheia!!! Viva!

Entrevista Rádio CBN - 09/03/2010

Tatiana Rehder, diretora do grupo, concedeu entrevista à Milton Jung, da Rádio CBN, falando sobre o nosso trabalho em Heliópolis. A entrevista foi ótima e como sempre Milton Jung apoia nosso trabalho. Clique no link abaixo e ouça!


Entrevista concedida à Milton Jung, da rádio CBN.