Diário de Bordo do Grupo Arte Simples de Teatro. Sobre a pesquisa e linguagem do grupo, relatos e informações sobre a Residência Artística que realiza na comunidade de Heliópolis desde Março de 2009.

sábado, 17 de abril de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 12 DE ABRIL - EMEF LUIZ GONZAGA



Chegamos na mesma escola da semana passada, onde estaremos durante todo o mês e meados de maio, para mais uma apresentação.
Claro que chegamos na expectativa: será que a platéia vai "bombar" como na semana passada?
Nenhum espetáculo é como o outro, afinal, toda peça é um organismo vivo que depende de muitos fatores para acontecer ou não...

Nossa platéia dessa semana foi formada por alunos da quarta série. No momento em que a peça começou, ainda havia muito barulho e dispersão. Aos poucos, a platéia foi sendo cativada pela história. Durante o espetáculo, participaram bastante, tomaram posições em relação aos personagens, fizeram coro... Porém...

É incrível como esse espetáculo deve sempre ser feito de maneira que não haja intervalo para a platéia "respirar". Explico melhor: aqui não cabem pausas, devaneios, energia baixa... Bastou um segundo de qualquer uma dessas coisas para a platéia escapar de nossas mãos. E foi isso que aconteceu. No final, já havíamos perdido metade da platéia para a dispersão...
É um espetáculo enérgico, barulhento, com multiplos focos e atenções, interação... Se por um acaso os atores não estiverem com toda a sua energia em potência máxima, se esperarmos o ruído (maravilhoso) da interatividade acabar para dar nossos textos... estamos perdidos. Perdemos a atenção do público.

E sem a atenção do público de que serve o teatro?????



Todos os dias temos uma luta, a luta de manter o alto nível energético do espetáculo. Mas como disse no começo, é um organismo vivo, que depende de muitos fatores, fatores HUMANOS. E estar nessa luta é delicioso. Não há nada melhor que cativar aos poucos e de repente, sermos tomados pelo nosso personagem principal, pelo seu ruído...

Semana que vem tem mais!


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