Diário de Bordo do Grupo Arte Simples de Teatro. Sobre a pesquisa e linguagem do grupo, relatos e informações sobre a Residência Artística que realiza na comunidade de Heliópolis desde Março de 2009.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 03 DE MAIO - EMEF LUIZ GONZAGA



Depois de um mês nesse espaço, nos despedimos. Um espaço grande, refeitório, com um palco. Espaço que possibilitou diversas movimentações e interações diferenciadas. Podemos dizer que esse tempo de um mês na mesma escola nos proporcionou até uma "rotina" na preparação, pois já sabíamos onde ficaria o cenário, por onde nos movimentaríamos, aonde seria o nosso "camarim". Isso não deixa de ser atípico em nossa trajetória em Heliópolis, pois a surpresa, o acaso e a resolução imediata de encenação são algumas características do nosso trabalho por aqui.

Bom, hoje teríamos pela primeira vez uma verdadeira BANDA em cena: dois músicos, Fábio e Eugenia, e seus múltiplos instrumentos, convencionais e não-convencionais. Imaginem a força de dois violões, dois cajons (intrumento de percussão) duas vozes, inúmeros aparatos de percussão. Imaginem a barulheira boa, a energia altíssima em que a platéia foi recebida.

Os alunos já estavam em polvorosa e a banda, com sua música alta e vibrante, só fez aumentar. O resultado disso foi uma peça vigorosa, cheia de energia, uma platéia atenta e ao mesmo tempo dispersa, porém sempre com os olhos na peça. Platéia que reagiu a todos os momentos da peça, seja opinando, gritando, cantando, batendo palmas, vaiando, se levantando... Pareciam que iam explodir de tanta energia! Muita interação, muita interação, muita interação...
Para os atores é como se o dobro de energia tivesse que ser utilizado, seja para nos equiparar em termos de energia com a platéia, seja para sermos ouvidos, aumentar o volume vocal... É um turbilhão, um misto de alegria por estarmos "tocando" tanto a platéia, com uma pitada de desespero, um sensação de "socorro, minha voz não vai chegar!" 
Ao final, uma alegria imensa e um cansaço sem igual... (alguém viu a placa do caminhão que nos atropelou???)

Hoje, sensação de dever mais que cumprido. Platéia boa é platéia bombando! e bota bomba nisso!!!



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