Diário de Bordo do Grupo Arte Simples de Teatro. Sobre a pesquisa e linguagem do grupo, relatos e informações sobre a Residência Artística que realiza na comunidade de Heliópolis desde Março de 2009.

sábado, 15 de maio de 2010

APRESENTAÇÃO DIA 10 DE MAIO - ANEXO DA EMEF LUIZ GONZAGA



Reflexões.... (Por Tatiana Rehder, diretora)

"Hoje o assunto da minha reflexão é a escola, em especial as escolas municipais, onde nosso grupo excursiona com a peça semanalmente.
 
Desde que começamos o projeto de residência artística em Heliópolis, a grande maioria nosso público vem das EMEFS, EMEIS, CEUS e não raras vezes as CEIS.
Para quem não conhece, EMEFS são escolas de ensino fundamental, EMEIS são pré-escolas, CEUS são centros unificados e CEIS são as creches para crianças de até 04 anos.
 
Já comentei sobre esse assunto com várias pessoas e aqui no blog acho que a primeira vez: Reflito sobre o funcionamento das escolas municipais de São Paulo que temos visitado, e posso dizer que há qualidade em relação à estrutura, ao material e ao funcionamento; incluo também a parte de alimentação, pois tive a oportunidade de almoçar muitas vezes nas escolas.

Mas o grande diferencial destas escolas está nas mãos (condução) do diretor e em seguida nas mãos de cada professor.
É impressionante como a postura de um diretor e de um professor podem mudar o perfil de aprendizagem de cada aluno; não digo em relação a parte técnica de cada professor ou diretor, já que não temos contato direto com essa parte, mas sim em relação à parte humana.

Sempre somos muito bem recebidos pelas escolas, desde o dia em que vou agendar a peça como no dia da apresentação, porém é durante as apresentações que podemos ver o professor HUMANO, aquele que está  ao lado dos seus alunos
compartilhando o momento de assistir à uma peça de teatro. É emocionante ver quando professor e aluno “jogam” juntos o jogo da aprendizagem.
Isso pra nós é muito claro. quando vemos o professor que senta junto com seus alunos para assistir e os que se sentam separados e só lembram dos alunos quando é para dar alguma bronca ou chamar atenção e pedir silêncio e ordem.

A nossa peça foi feita para a criança interagir, dar sua opinião durante o espetáculo, e se quiser, mudar o rumo da história. A grande atração da peça é a platéia e não os atores. Pensamos numa estrutura em que aconteça uma cena em cada lugar da platéia, pensamos na rapidez das informações que a criança recebe hoje em dia através da internet, pensamos muito em como a linguagem teatral pode ter esse mesmo ritmo alucinado. Colocamos isso em prática e o resultado é o mais gostoso de se ver. Muitas vezes adultos que assistem a peça em Heliópolis comentam que o melhor da peça é ver a reação da platéia.


Por essas razões, aqui segue um alerta: Professores, abram os olhos! Joguem o jogo da aprendizagem junto com seus alunos!
É muito emocionante quando presencio esse jogo aluno-professor! É único! É uma experiência para a vida toda!"



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